Leia escutando:
E
se um dia em uma caixinha eu te guardar, não vou querer contar à ninguém o que
de ti eu juntei. Foram pedacinhos, lembranças, minutos, e sorrisos que só você
pode me dar. Sem se importar com o passar do tempo nós simplesmente nos demos a
mão e caminhamos na direção do tempo e do que o momento poderia nos dar. E nos
deu a nós, encontramos um ao outro de um jeito que eu te deixei entrar sem
piar. E ardeu, e doeu, e remoeu em mim uma vontade continua de ficar com você
ali onde te deixei estar. Os arrepios e calafrios também estão guardados de um
jeito que eu posso fechar os olhos e senti-los novamente. Eu tenho pensado
nessa forma comum de tantos outros estarem também, mas não consigo achar um
jeito de explicar, como com nós foi sensitivo. E a pele tocou e cantou as
investidas do teu corpo em mim. E ali eu fiquei, na canção do nosso fluído/corpo,
que não parou de tocar tão cedo. E a música única que se ouviu aquele momento
está na caixinha que se chama coração!
(10.03.14)
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